BANCO COMUNITÁRIO EM POVOAÇÃO

BANCO COMUNITÁRIO EM POVOAÇÃO

BANCO COMUNITÁRIO MONSARÁS

É

INAUGURADO EM POVOAÇÃO (ES) 

Publicado em: 14/04/2023

 Economia Local Território Foz do Rio Doce

A iniciativa promove o empreendedorismo por meio da oferta do microcrédito solidário e da Moeda Social 

O Banco Comunitário Monsarás foi inaugurado no dia 13 de abril, no distrito de Povoação, em Linhares, no Espírito Santo, com objetivo de promover o desenvolvimento local, por meio do acesso ao microcrédito solidário e à Moeda Social, que circulará apenas na comunidade.  

Entre as ações previstas estão o Crédito Produtivo, que vai apoiar os empreendedores e incentivar a criação de novos negócios; o Crédito Habitacional, destinado a pequenas melhorias em imóveis; e o Crédito de Consumo, voltado à população de baixa renda. Essa última modalidade vai atender às necessidades imediatas das pessoas, como a compra de remédios e alimentos, por exemplo. Há, ainda, o Crédito Saúde, destinado às pessoas que precisam realizar algum procedimento médico. 

Um diagnóstico sobre a comunidade foi produzido por dez moradores locais, que foram capacitados para realizar a pesquisa. O levantamento traçou um perfil socioeconômico da comunidade e foi apresentado aos moradores no dia 28 de fevereiro. O documento serve de base para identificar novas oportunidades e planejar o desenvolvimento da comunidade. 

A Fundação Renova já implantou o Banco Lagoa Verde, em Dionísio, Minas Gerais, para beneficiar famílias do distrito de Baixa Verde e a ação está prevista também para Itueta e Cachoeira Escura. Em Regência, também no município de Linhares, o Banco local será inaugurado ainda neste semestre. 

Como funcionam os bancos comunitários e as moedas sociais? 

Os Bancos são geridos pelos próprios moradores, devidamente capacitados, e a política de crédito é definida pela comunidade. O projeto funciona com base no princípio da confiança: quem participa da gestão são moradores da localidade, conhecidos por todos e que conhecem as pessoas e as demandas locais. Com transparência, a comunidade acompanhará de forma constante a execução dos recursos destinados à iniciativa e poderá usufruir das linhas de crédito e alguns tipos de serviços bancários. 

Com a ideia de estimular a cultura empreendedora entre a população, foi criada uma moeda social, para circular exclusivamente dentro da comunidade. A intenção é aumentar a circulação de recursos em nível local, abrindo espaço para a criação de novos negócios e ampliação dos já existentes.  

“O interessante é que o projeto não é um fim em si mesmo, mas uma iniciativa que incentiva outras atividades econômicas por criar melhores condições para que a população possa empreender e gerar renda, tanto pelo acesso facilitado a crédito, em condições bem melhores do que em bancos tradicionais, quanto pelo estímulo ao consumo em nível local a partir do uso da Moeda Social”, ressalta André Mapa, analista de Economia e Inovação da Fundação Renova. 

Orçamento Bancos Comunitários 

No Espírito Santo, será destinado R$1,2 milhão para o desenvolvimento do projeto ao longo de 33 meses. Além da montagem da infraestrutura (mobiliário, computadores, celulares), consultoria para implementação e manutenção dos recursos humanos, cada banco gerenciará um Fundo de Crédito de R$180 mil por comunidade. As linhas de crédito, condições e prazos são definidas pelos próprios moradores. 

Cada banco tem recebido assistência direta para sua constituição e funcionamento, além de serem vinculados à Rede Brasileira de Bancos Comunitários. “Historicamente, cada real concedido pelo banco comunitário, na forma de Moeda Social, recircula pelo menos cinco vezes dentro da comunidade, estimulando o empreendedorismo e aquecendo a economia local”, conclui André Mapa. 

Estilos de crédito do Banco Comunitário